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Aprendizagens e Reflexões

"As mais belas coisas do mundo" - Valter Hugo Mãe

Beatriz Costa, 27.09.23

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(Imagem da minha autoria)

 

Com o avô, Valter Hugo Mãe, descobriu as "mais belas coisas do mundo".

Descobriu a VIDA, aprendeu a questionar-se.

Descobriu os AFETOS, o carinho, o tamanho de um abraço.

Descobriu que os ERROS fazem parte do crescimento.

Descobriu que a TRISTEZA também fazia parte do seu caminho.

Descobriu MISTÉRIOS e inventou muitas perguntas.

Descobriu o valor do dinheiro e das coisas que são de GRAÇA.

Descobriu que a MORTE faz parte da vida.

Descobriu que é preciso REAGIR.

Descobriu a importância da INTELIGÊNCIA amorosa.

Descobriu que é importante SONHAR acordado.

Descobriu que é preciso PENSAR.

Descobriu que é preciso ACREDITAR.

Descobriu o AMOR.

 

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(Imagem da minha autoria)

Projeto Casa da Árvore

Beatriz Costa, 22.09.23

Durante o estágio que fiz na valência de Pré-Escolar, eu e a minha colega de estágio fomos desafiadas a realizar um projeto com o nosso grupo de crianças. Nunca o tínhamos feito, nem sequer conhecíamos a metodologia do trabalho por projetos em Educação Pré-Escolar. A Educadora Cooperante ajudou-nos ao longo de todo o processo. E, caramba, como crescemos nestes meses!

 

De salientar que este grupo estava já familiarizado com este método de trabalho e possuíam um grande sentido crítico e criativo, ou seja, não era algo novo para eles. A Educadora fazia um excelente trabalho e isso notava-se. Fiquei rendida a esta metodologia, porque a Educadora não se limitava a “entreter" as crianças. As crianças eram estimuladas a PENSAR: tinham de ser elas a lançarem propostas de atividades, de projetos, de brincadeiras, ou seja, se queriam, realmente, fazer alguma coisa, tinham de pôr os neurónios a trabalhar.

 

Era muito bom ouvi-los, pois tinham já presente muitas noções de civismo, de espírito crítico e colaborativo. Por exemplo: sabiam que tinham de fazer uma votação para escolher qual o projeto que mais faria sentido para a escola, ou para a sala deles. Claro, tudo isto, com a nossa ajuda e a ajuda da Educadora Cooperante.

 

Tudo começou com desenhos. Todos desenharam um sonho que tivessem para a escola, ou para a sala. Depois, em grupo, fizemos uma seleção desses desenhos e dividimo-los em conjuntos. Analisamos cada um deles e cada uma das crianças deu a sua opinião. Fomos assim afunilando as propostas até chegarmos à Casa da Árvore.

 

A partir daí foi sempre a trabalhar. Tudo se moldou em torno deste projeto e assim foram exploradas todas as áreas presentes nas Orientações Curriculares para a Educação Pré-Escolar (OCEPE)

 

Como não poderia deixar de ser, como todos os projetos, há sempre contratempos. Inicialmente contávamos com a ajuda de um professor-arquiteto, que depois não conseguiu dar-nos resposta. Ficamos um pouco à deriva, mas continuamos. Como fazemos o formato da casa? Com que altura? Pesquisamos algumas ideias no Pinterest e baseamo-nos numa imagem. Depois falei com os meus tios, que não trabalhando no ramo das construções, são muito engenhosos. Eles alinharam na loucura. Que tipo de madeira usar? E como vamos pagar? Patrocínio da empresa onde o meu pai trabalha, check. Forneceram-nos paletes. Teríamos de trabalhar com elas. Escadas? Madeira para o chão? Os meus tios desencantaram madeira em serrações e fizeram, antecipadamente, as escadas. De salientar que tudo isto foi sempre discutido, ao logo das sessões, com as crianças.

 

Como estávamos em altura de COVID tivemos de adiar, várias vezes, o projeto, mas, depois de várias tentativas falhadas, lá fomos nós. E assim, num sábado frio de fevereiro de 2022, concluímos o nosso projeto. Passamos lá o dia todo. Saímos cansados, mas extremamente felizes com o resultado. A EQUIPA: três tios + um primo + eu e a minha colega + a educadora + o pai de uma das "nossas" crianças + uma criança. 

 

Como o nosso estágio já tinha terminado, na segunda-feira seguinte, a Educadora enviou-nos um vídeo: As “nossas” crianças, aos pulos, na casa da árvore! Que sensação inexplicável!

 

Sim, nós construímos uma casa da árvore! OBRIGADA A TODOS!

 

Afinal os sonhos tornam-se realidade, só temos de trabalhar para eles!

 

 

 

 

(Imagens da minha autoria)

"A biblioteca da meia-noite" - Matt Haig

Beatriz Costa, 18.09.23

Entre a vida e a morte existe uma biblioteca – começou ela – E, nessa biblioteca, as estantes estendem-se até ao infinito. Cada um dos livros oferece-te a possibilidade de viveres outra vida que podias ter vivido. Permitem-te ver como as coisas podiam ter sido diferentes se tivesses feito outras escolhas… Se tivesses a oportunidade de voltar atrás nos teus arrependimentos, farias alguma coisa de modo diferente?

 

Nora, uma jovem mulher com a cabeça cheia de interrogações e com uma vida com a qual não estava satisfeita. Certa noite Nora decide suicidar-se e fica assim num limbo entre a vida e a morte. Neste limbo existe uma biblioteca, onde Nora tem a possibilidade de fazer novas escolhas e procurar a “vida perfeita” que não tem agora, isto era o que ela pensava… Ao entrar em cada livro, em cada vida, sente-se desgostosa, pois, a dada altura, acaba sempre por não gostar assim tanto daquela vida e volta, repetidamente, à biblioteca, onde escolhe livro atrás de livro…. Completamente perdida, sem saber como sair dali, e a falar com uma bibliotecária que aparece misteriosamente na biblioteca, Nora encontra-se assim a lutar contra o passado, o presente e o futuro…. Será que a sua vida atual era assim tão má?!... Será que conseguirá sobreviver?!... Ou será mais fácil deixar-se ir?!...

 

Um livro de fácil leitura, mas que nos põe a pensar nas nossas próprias escolhas. Onde estaríamos agora se tivéssemos optado por outro caminho?!

Partilha de Dissertação de Mestrado

Beatriz Costa, 15.09.23

Beatriz Costa. Licenciada em Educação Básica. Mestre em Educação Pré-Escolar e Ensino do 1.º CEB. Realizei ambos os cursos no Instituto Politécnico de Viana do Castelo.

 

Hoje gostava de partilhar a minha Dissertação de Mestrado, que tantas dores de cabeça me deu, mas é com imenso orgulho que a partilho. Finalizei-a em março deste ano, para quem quiser consultar é só clicar aqui.

 

A minha Dissertação foca-se na área da Educação Física e aborda as perceções dos professores do 1.º CEB relativamente ao programa de Educação Física do 1.º CEB, respetivamente.

 

Para quem estiver a passar por este momento de escrita da tese: MUITA FORÇA E CORAGEM!

 

Foram várias as vezes em que me apeteceu desistir, mas agora só penso: "Ainda bem que não o fiz". Não foi nada fácil arranjar motivação para continuar e terminar, mas com o devido apoio e muita força tudo se consegue. Se tivesse desistido, por esta altura, ainda não tinha conseguido concorrer ao concurso público do recrutamento de professores, nem poderia concorrer a ofertas de trabalho que vão surgindo.... Felizmente consegui terminar e estou orgulhosa do que alcancei. Aproveito para agradecer às minhas Pessoas por me terem aturado e por toda a ajuda que me deram.

"O homem que passeava livros" - Carsten Henn

Beatriz Costa, 13.09.23

Todos os dias, sem nunca quebrar a sua rotina, Carl esmerava-se a embrulhar livros para os seus clientes habituais. Embrulhava os livros, punha-os na sua mochila e calcorreava as ruas da cidade para os entregar, em segurança.

 

Carl conhecia os seus clientes através dos livros que estes liam, mas nunca ultrapassava esse limite. Nunca entrava em casa deles, nem fazia conversa fiada. Falavam sobre o livro e ponto final. Era assim há muito tempo. Por vezes, ignorava situações que não deveriam ser ignoradas. Talvez até pudesse fazer mais do que apenas levar livros, mas Carl não queria invadir o espaço de ninguém.

 

Até que um dia algo inesperado aconteceu, uma criança juntou-se a Carl. Todos os dias, através da sua janela, ela via-o passar... Um dia, decidiu juntar-se a ele.

 

Escusado será dizer que as rotinas de Carl deram uma volta de 180º com esta nova companheira... Ao início, Carl estranhou, fez birra e disse que não... Mas depois... Depois rendeu-se completamente a esta miúda... E ela fez o que ele nunca tinha tido coragem de fazer.... Ajudou cada um dos clientes de Carl.... Houve desventuras e momentos tristes, mas com uma pitada da magia das crianças, não tinha como acabar mal...

 

Um livro muito bem escrito, muito doce, mas também muito real. E, claro, a espetacular mente e perspicácia das crianças em destaque!

 

Inclusão... Até que ponto?

Beatriz Costa, 11.09.23

Deixo-vos com este testemunho:

"Chegou um mail à escola, dizendo que viria mais uma criança, desta feita nepalesa, para o primeiro ano do ensino básico. Sem mais. Depois veio a criança, com tudo...

 

...No primeiro dia do seu “despejo” na escola, correu pelos corredores, rebolou no chão, bateu nas paredes e portas que encontrou, entrou pelas salas, atirou-se para o chão, gritou, chorou, mordeu e bateu em todos os professores e auxiliares que a queriam ajudar...

 

...Atualmente, dois meses depois, promovidas as medidas que os burocratas de serviço vazaram no citado Decreto-Lei nº 54/2018, a aluna começa a estar “incluída”, “integrada”...

 

...A pobre professora desta desgraçada aluna seguiu “by the book” as diligências previstas nos papéis molhados em vigor, referenciando a situação à Equipa Multidisciplinar de Apoio à Inclusão (EMAI). Após a observação, o correlato relatório disse: que a aluna deverá ter sempre um adulto a acompanhá-la...

 

O problema é que nada está a ser cumprido porque nada do requerido existe. Citando o outro, qual destas duas palavras não entende: nada existe!

Resta a pobre professora titular da turma, em galopante stress emocional.

Restam os outros 24 alunos, “excluídos” pela “inclusão” frustrada de uma aluna com PEA (perturbação de espectro de autismo)."

 

Clicar aqui para ver o artigo completo.

 

Inclusão... Até que ponto?

Das greves

Beatriz Costa, 09.09.23

"... Referindo-se aos Sindicatos de Educação que decretaram Greves para os próximos tempos, o Ministro João Costa afirmou que:

– “Ninguém tem o direito de prejudicar mais os Alunos. Sempre que as aulas estão paradas, nós estamos a ter prejuízo para os alunos.” (CNN Portugal, em 2 de Setembro de 2023)…

 O Ministro da Educação parece ignorar que:

– A Greve é uma forma de contestação e de demonstração de repúdio por determinadas medidas governativas, prevista na Constituição da República Portuguesa;

– Ninguém, certamente, fará Greve por prazer, nem com especial agrado;

– Quando se adere a uma Greve é porque existem motivos factuais e incontestavelmente válidos para o fazer…

 

Assim sendo, o direito de prejudicar os Alunos parece estar reservado ao próprio Ministério da Educação, talvez reflexo da sua obstinação em negar a realidade:

– Pelas políticas educativas que desrespeitam e desvalorizam os Professores, a profissão Docente deixou de ser atractiva, mas isso não prejudica os Alunos;

– Os milhares de Alunos que ficarão sem aulas, por falta de Professores, não são prejudicados;

– Os Professores não são ressarcidos do roubo do tempo de serviço, mas isso não tem reflexos na sua motivação e não prejudica os Alunos;...

 

... No limite do ilógico e do disparatado, será caso para considerar que o direito de prejudicar os Alunos parece estar reservado ao próprio Ministério da Educação e ser exclusivo do mesmo…

Por outras palavras, ninguém tem o direito de prejudicar os Alunos, a não ser o próprio Ministério da Educação…

 

... Nenhum Governo poderá legitimamente afirmar que a prioridade são os Alunos, se as suas políticas educativas forem dominadas pelo sistemático e retumbante prejuízo infligido à Classe Docente…

A não ser que se conceba uma Escola sem Professores…"

 

Artigo de Paula Dias (ver artigo completo aqui).

What is a Woman? - Documentário

Extremismos

Beatriz Costa, 08.09.23

(Vídeo retirado do YouTube)

 

Cruzei-me com este documentário há algum tempo. Este documentário é realizado por Matt Walsh: marido, pai, apresentador e escritor. Este senhor vai em busca de respostas, que respondam à questão: "What is a Woman?". "O Que é uma Mulher?". Verdade seja dita: fica ainda com mais questões. E quem vir este documentário também.

 

Parece uma questão simples, mas as pessoas com quem se vai cruzando, sejam elas pessoas que aborda na rua ou especialistas em diversas áreas, não sabem responder diretamente. O que é uma mulher, pergunto eu, o que responderiam?

 

Se tiverem oportunidade, não deixem de ver.

Alguns das questões que se colocam no documentário:

  • A diferença entre sexo e género.

 

  • As casas de banho e os balneários será que deviam ser divididos entre sexo feminino e sexo masculino? Então e quem se identifica como mulher, mas o seu sexo é masculino?

 

  • Jovens que mudam de sexo aos 16 anos? Têm discernimento para tal? Explicam-lhes as consequências a longo termo?

 

  • Crianças que se consideram animais. Os professores e a sociedade em geral têm de aceitar? Apresenta, como exemplo, uma pessoa que se considera um lobo, "podemos ser tudo aquilo que quisermos". Será que é assim?

 

  • LGBTQIA+ (clicar na palavra para mais informações). Pronomes próprios, proposições, adjetivos, etc., para as pessoas LGBTQIA+? Fazem Sentido? Apresenta-se o exemplo de Demi Lovato, que se assume como não-binário (clicar na palavra para mais informações).

 

  • Desportos para Mulheres e Desportos para Homens? Será que devia existir esta divisão?

 

No final do documentário Matt Walsh volta para casa ainda mais confuso e questiona a esposa: "What is a woman?". Ao que ela responde: "An adult human female"

 

No final do documentário eu própria fiquei ainda mais confusa e cheia de questões. A meu ver, podemos ser quem quisermos ser, podemos transformar-nos em quem quisermos, mas não podemos ser extremistas. Não podemos ir para a escola nus, por exemplo, não é adequado, mas podemos andar nus em casa pois é a nossa liberdade. Há direitos e deveres, há limites impostos. Temos de manter a sanidade mental e a vida em sociedade sã.

 

Em concordância com o que já escrevi, deixo-vos estas transcrições que me parecem ir ao encontro de questões já abordadas:

 

… uma casa de banho por género (sim, leram bem outra vez) entre trans, intersexo, pansexuais, espíritos-duplos, transespécie e tantos outros e portanto casas de banho não faltam – faltam sim os alunos para as ditas mas tudo em nome da inclusão e ainda há pouco li sobre uma escola onde uma aluna se identifica e veste como um gato – e por falar em casa de banho as indicações para a dita traduzidas nas paredes da escola em 23 línguas e graças a Deus temos um professor de Hong Kong que sabe escrever em mandarim…  (Clicar aqui para abrir artigo completo).

 

Rapariga britânica de 13 anos diz que se identifica como sendo um gato. Colega questionou-a e professora não gostou. Chamou-lhe "desprezível", sugeriu que era homofóbica e falou em mudança de escola. (Clicar aqui para abrir artigo completo).

 

 

 

Definição de mulher no dicionário:

"Ser humano do sexo feminino ou do género feminino""mulher", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2023, https://dicionario.priberam.org/mulher.

O que te deixa feliz?

Beatriz Costa, 04.09.23

Pergunta feita, por mim, a um grupo de crianças do 1.º ano de escolaridade.

Estas foram as respostas:

  • Brincar;
  • Estudar, porque gosto de aprender;
  • Jogar jogos de tabuleiro;
  • Que toda a gente seja feliz;
  • Abraços;
  • Jogar à bola;
  • Escorregas de água;
  • Cantar;
  • Ir ao McDonalds;
  • Ver as estrelas;
  • Passear com a família.

 

Tão simples quanto isto. Afinal eles não precisam de brinquedos XPTO, nem de dispositivos móveis...

 

E a ti, o que te deixa feliz?

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