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Aprendizagens e Reflexões

Webinar - "Libertem as crianças"

Beatriz Costa, 25.03.24

(Vídeo retirado do YouTube)

 

Um webinar com o professor Carlos Neto que veio reforçar a leitura do seu livro, já falado aqui e aqui. O webinar foi realizado através da plataforma Zoom, para quem se inscreveu, mas devido ao número elevado de participações a instituição partilhou o vídeo também no YouTube.

 

O FUTURO:

  • Estranho, imprevisível, desconhecido...
  • É necessário dar ferramentas às crianças para que elas se adaptem às adversidades.

 

O BRINCAR EM DECLÍNIO:

  • Aparecimento de desordens mentais, para além das físicas.
  • Desaparecimento da "escola de rua".
  • As transições - digitais, educacionais, climáticas...
  • Ver a "cidade" pelo vidro do carro.
  • Portugal - o país mais sedentário da Europa.
  • Declínio da saúde mental.
  • Aumento da obesidade.
  • "Pandemia do século" - muito tempo sentados.

 

O BRINCAR:

  • Plasticidade e amplitude neurológica.
  • Capacidade adaptativa.
  • Brincar não só com brinquedos, mas com objetos da natureza, brincar com os outros, brincar ao "faz de conta".
  • Confrontar-se com o risco (físico, mental, emocional, digital...).
  • Dá-se mais importância à sujidade das crianças, devido às brincadeiras, do que aos perigos digitais.
  • Necessidade de contacto físico - brincar às lutas, à fuga, à perseguição, à simulação da morte. Não proibir, incentivar.
  • Quanto mais confronto com o risco, maior segurança. Dá-se o exemplo dos países nórdicos - um bom exemplo de uma educação mais voltada para a natureza e mais ousada.

 

AÇÕES MOTORAS - BRINCAR:

  • Equilíbrio.
  • Rodar o corpo em vários planos.
  • Balancear o corpo - (o embalar - sensação maternal - de segurança). O típico pneu pendurado na árvore.
  • Escorregar - vertigem (plástico, terra, relva...)
  • Trepar - brincar nas alturas - cordas, árvores, paredes de escalada.
  • Lutar e perseguir.
  • Dominar orifícios - túneis, tubos, pontes, vegetação.
  • Perícias inabituais - malabarismos, cambalhotas, pinos, rodas...
  • Construir e destruir - blocos, areia, encaixes, castelos...
  • Locais secretos - brincar a desaparecer - procura de lugares escondidos, longe dos adultos.

 

PROBLEMAS ATUAIS:

  • Filhos do telemóvel. Passeiam-se mais os cães do que as crianças.
  • Dependência dos écrans - comparada ao consumo de droga e álcool.
  • Equilíbrio entre o digital e o natural.
  • Equilíbrio entre o contexto familiar e escolar.
  • Círculos viciosos: pais sem tempo - precaridade - filhos ao abandono. Problema político, social, educacional...

 

O PAPEL DA ESCOLA:

  • "Na escola não entra só o cérebro, entra o corpo todo".
  • Recreios escolares - vergonhosos, plastificados e sem riscos. A margem do risco físico diminuiu demasiado.
  • A escolarização do pré-escolar - estupidez.
  • O pensamento retrógrado de - memorizar - debitar nos testes - e continuar até à universidade.
  • Tem de haver uma grande mudança ao nível do risco e da segurança. Tem de se dar formação, aos pais, aos educadores e à sociedade em geral. É preciso descomplicar e ter presente que é normal: sujar-se, partir uma perna, esfolar um joelho... Os medos dos pais, dos educadores, da sociedade, não podem aprisionar as crianças.

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